04/08/2023
Artes Feministas e Utopias Familiares: Práticas não-monogâmicas e pluriparentais
Online via meet
O curso Artes Feministas e Utopias Familiares: Práticas não-monogâmicas e pluriparentais será ofertado no mês de agosto e propõe uma discussão acerca das diferentes formas de amar e constituir laços afetivos
Na sociedade patriarcal em que vivemos, a maioria de nós está exposta desde o nascimento a um padrão de relacionamento romântico sexual: heteronormativo e monogâmico. As histórias infantis, das novelas, dos filmes mais famosos quase sempre giram em torno de um casal de homem e mulher que se casam, têm filhos, vivem juntos e felizes para sempre. Histórias que nunca refletiram a realidade da vida social. E ainda bem que novas produções artísticas e culturais vêm contestando esse modelo hegemônico de relação.
Algumas e pesquisadoras já estudam há um certo tempo a falácia dessa heteronormatividade ideal, e suas propostas serão apresentadas neste curso ofertado pela Escola As Pensadoras. Ministrado pela professora e doutora Nirlyn Seijas Castillo, venezuelana, residente no Brasil, feminista, artista da dança, docente, curadora, mãe socioafetiva, não. Seu trabalho de pesquisa é focado na reativação de artistas latino-americanas do século XX que criaram trabalhos antipatriarcais, discutindo confinamento e exploração de mulheres, estupro, femigenocídio, violência de estado, entre outros temas relacionados.
O curso irá abordar as problemáticas que giram em torno da família nuclear como modelo imposto de organização social no mundo ocidentalizado. Apresentando práticas artísticas e intelectuais que discutem violências desdobradas da estrutura da família nuclear. Conhecendo e discutindo testemunhos de modelos familiares diversos que inspirem outras práticas parentais.
As aulas começam no dia 4 de agosto, e acontecem às sextas-feiras, das 18h às 20h30, e aos sábados pela manhã. Serão seis encontros divididos nas seguintes temáticas:
1. Colonialidade, gênero e raça na organização dos afetos;
2. Família nuclear, patriarcado e propriedade privada;
3. Desigualdade de gênero no trabalho reprodutivo: invisibilização e exploração dos trabalhos de cuidado;
4. Não-monogamias: revoluções na economia das relações românticas-sexuais;
5. Descentralidade do amor romântico e da segurança emocional-econômica vinculada ao casamento nuclear;
6. Utopias Familiares: Pluriparentalidade, Sócio Afetividade e outros imaginários amorosos;