02/12/2019
I Colóquio do Ensino de Filosofia - UFPE
UFPE
INSTITUIÇÃO
UFPE
Descrição Resumida
“ensinar filosofia é dar um lugar ao pensamento do outro”
Alejando Cerletti, O Ensino de Filosofia como Problema Filosófico
O ensino de filosofia, do ponto de vista da história nacional, sempre foi desafiador tanto no espaço escolar quanto para a formação docente. Vale lembrar, nesse sentido, que apenas em 2008, a partir da Lei Federal nº 11.684/08, o ensino de filosofia torna-se obrigatório novamente, após longo período de sua supressão pela ditadura militar. Os problemas, entanto, não cessam com isto. No contexto atual, por exemplo, em detrimento da série de ataques diretos ao pensamento crítico, a filosofia na escola passou a ser questionada, o que significa, dentre outras coisas, que sua relevância formativa está sendo colocada em dúvida. Por outro lado, o ensino de filosofia ocupa um lugar desprivilegiado nos cursos de graduação, pois é concebido por muitos como um problema não essencialmente filosófico e, por isso, não relevante. Dessa forma, pensar o ensino de filosofia hoje, inevitavelmente, nos faz refletir sobre qual o lugar da filosofia na formação continuada de professores, na sociedade, na escola e, especificamente, na sala de aula.
No que diz respeito especificamente à escola, a filosofia tem perdido espaço e reconhecimento gradativamente na formação do aluno, ora porque é tida como demasiada abstrata e fomenta o pensamento crítico, ora porque não tem, ao menos enquanto prioridade, uma formação técnica voltada ao imediatismo das exigências do mercado de trabalho. Não obstante ao problema especificamente escolar, o ensino de filosofia é tratado como um pseudoproblema filosófico, seja por aqueles que concebem à filosofia como um âmbito estritamente acadêmico ou por aqueles que julgam sê-la de difícil compreensão aos alunos de ensino médio. Longe de assumirmos tal perspectiva, julgamos que o ensino de filosofia é um problema genuinamente filosófico, pois, para além da prática docente – que é própria a qualquer disciplina –, ressaltamos que é possível não somente questionar filosoficamente metodologias e didáticas – que perpassam o cotidiano escolar –, bem como próprio o currículo e seu papel contextual e formativo.
Levando isso em consideração, perguntamos quais são os desafios e as perspectivas para o ensino de filosofia hoje. Distantes de querermos com essa pergunta encontrar uma resposta definitiva, convidamos todas(os) para a reflexão.
Estas são algumas questões que norteiam o I Colóquio do ensino de filosofia (CEFIL). A proposta do evento é, portanto, debater o lugar do ensino de filosofia na formação docente, no ensino médio e na escola. O colóquio abre também espaço para contribuições de áreas como pedagogia, arte, história, sociologia, dentre outros. Os tópicos podem abordar p. ex.:
– Filosofia e educação
– Filosofia da educação
– Filosofia e ensino
– Filosofia, arte e educação
Programação
Convidados confirmados:
Alfredo Moraes (UFPE)
Antônio Albert (SEDUC)
Célia M. Perreira (UFPE)
Danúbio Santos (UFPE)
Dawson de Barros (IFPE)
Érico Andrade (UFPE)
Fernanda Celi (IFPE)
Gildimar Guilherme (UFPE)
Junot Matos (UFPE)
Karl Heinz (UNICAP)
Reilta Cirino (UERN)
Rita Voss (UFPE)
Sérgio Abranches (UFPE)
Sérgio Ramos (UFPE)
Suzano Guimarães (UFPE)
Walter Mathias (UFAL)
Comissão organizadora:
Aryma Nascimento (UFPE)
Brennan Modesto (UFPE)
Bruno L. Hinrichsen (Universidade de Coimbra)
Danúbio Santos (UFPE)
Filipe Andrade (UFPE)
Gildimar Guilherme (UFPE)
Junot Matos (UFPE)
Leonildo Galdino (UFPE)
Kaique Miranda UFPE)
Kleber Kyrillos (Arquivo Público)
Luiz Guilherme Nogueira (UFPE)
Marcelo Melo (UFPE)
Paulo Magalhães (UFPE)
Sara Campelo (UFPE)
Talles A. Battista (UFPE)
Thiago Andrade (UFPE)
Site
I Colóquio do Ensino de Filosofia - UFPE
Normas
Propostas de comunicações (resumos de no máximo 500 palavras) que versem tanto sobre problemas e questões referentes ao ensino de filosofia, quanto sobre perspectivas interdisciplinares, podem ser enviadas até o dia 15 de novembro. As inscrições podem ser feitas neste link.