18/05/2023

Os estudos que compõe este livro acompanham a reflexão de Habermas sobre a linguagem do início da década de 1970 até o final da década de 1990. Trata-se, portanto, de compreender a formulação inicial de sua teoria pragmática enquanto uma teoria competência comunicativa, associada a uma teria de verdade como consenso, bem como de compreender as transformações dessas teorias motivadas pelas críticas a que foram submetidas. Antes disso, discute-se a apropriação por Habermas de uma das versões da virada linguística, a fim de mostrar que a "transformação pragmática da filosofia kantiana" realizada por Humboldt permite compreender a feição específica do conceito plural de razão proposto por Habermas. Ao final, pretende-se mostrar no apêndice que as apropriações distintas feitas por Habermas e Foucault da filosofia kantia correspondem a compreensões distintas do sentido da modernidade e do esclarecimento. Em suma, o diálogo entre Foucault e Habermas é discutido a partir das respostas distintas que ambos oferecem à seguinte questão colocada pelo filósofo francês: "O que é esta Aufklärung da qual fazemos parte?".