16/01/2021

Sinopse:

Mas, afinal, o que é democracia racial? Chamamos democracia racial a ideia de que no Brasil se tenha alcançado a miscigenação pacífica entre as raças, com respeito à diferença e à inserção equânime – do negro, ou do indígena em relação ao branco – nos benefícios da modernização capitalista e na proteção exercida pelo Estado de direito. Isso não só não foi alcançado, como ainda a repetição acrítica dessa noção oculta o processo radical de violência da miscigenação e do Estado policialesco no Brasil que dizima anualmente milhares de negros e indígenas. Além disso, centenas de estatísticas comprovam que essa realidade violenta se estrutura até mesmo no mercado de trabalho, pois a diferença dos cargos e o acesso ao emprego possui distorções gritantes. Então, por que ainda há pessoas que creem não haver racismo no Brasil?

Douglas Rodrigues Barros, publicou três romances sendo o último "No princípio era o verbo" pela editora Urutau (2019). Foi coordenador político da Uneafro Brasil e hoje se dedica as aulas nos cursos populares. Também publicou em 2019 o livro "Lugar de negro, lugar de branco? Esboço para uma crítica à metafísica racial" (Hedra) livro que o deu reconhecimento e prestígio como crítico antiracista e uma das vozes contra o racialismo como mote de organização das sociedades contemporâneas. É doutor em Ética e Filosofia Política pela UNIFESP.

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