Transgressão e utopia: Fausto na estética de Ernst Bloch
v.26 n.03 (2021) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade
Autor: Ubiratane de Morais Rodrigues
Resumo:
O objetivo deste artigo é apresentar a transgressão como uma categoria dialética fundamental da filosofia de Ernst Bloch. Para isso, partimos da interpretação original de Bloch sobre o Fausto de Goethe. A relação estabelecida entre Filosofia e Literatura nas análises do Fausto revela que a conceituação de Fausto como figura-modelo da transgressão é a pedra angular, na literatura, capaz de movimentar uma reflexão estética sobre as potencialidades utópicas da arte.
Abstract:
The purpose of this article is to present transgression as a fundamental dialectical category in Ernst Bloch’s philosophy. For this, we start from Bloch’s original interpretation of Goethe’s Faust. The relationship established between Philosophy and Literature in Faust’s analyzes reveals that the conceptualization of Fausto as a model figure of transgression is the cornerstone, in literature, capable of moving an aesthetic reflection about the utopian potentialities of art.
DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v26i3p75-92
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/184824
Palavras-Chave: Transgressão, Fausto, Utopia Concreta
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade
Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.
Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.