O conceito de interesse

n. 5 (1999) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Autor: Maria Lúcia Cacciola

Resumo:

Este texto procura precisar o conceito de interesse na estética de Schopenhauer para determinar o papel que ele ali desempenha. A negação do interesse, vista como central na estética deste autor, leva a uma leitura que a contrapõe à estética de Kant, em que o desinteresse estaria relacionado não com a negatividade do sensível, mas com uma mera indiferença em relação à existência do objeto, para constituir um campo próprio da arte, no qual vige o puro prazer estético. Procura-se mostrar que o desinteresse na filosofia da arte de Schopenhauer, muito mais que uma postura niilista, revela um outro tipo de “conhecimento”, diverso do racional, permitindo, tal como em Kant, definir a especificidade da arte e do sentimento estético.

DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v0i5p05-15

Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/64753

Palavras-Chave: Interesse,Estética,Conceito,Ideia

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.

Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.