Hannah Arendt e a exemplaridade subversiva: por uma ética pós-metafísica

n. 9 (2007) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Autor: André Duarte

Resumo:

Arendt redefine o sentido da ética e da política numa chave pós-metafísica, rompendo as amarras teleológicas e prescritivas que nortearam o pensamento filosófico sobre a ação política e o comportamento ético. Neste projeto, Arendt enfatiza o modo de ser da exemplaridade subversiva como capacidade de aparecer publicamente e resistir à violência, mesmo que tal aparição seja silenciosa e passiva. Para demonstrar o potencial ético-político pós-metafísico da exemplaridade subversiva, recorremos à análise de textos nos quais se esboça o projeto de uma ética negativa e reflexionante, que não determina como agir, mas o que não fazer ou quando interromper o curso da ação.

DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v0i9p27-48

Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/64768

Palavras-Chave: Arendt,tica pós-metafísica,Exemplaridade subv

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.

Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.