Benjamin e Brecht: a pedagogia do gesto

n. 12 (2008) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Autor: Luciano Gatti

Resumo:

O artigo examina a interpretação do teatro épico de Bertolt Brecht elaborada por Walter Benjamin em seu ensaio “O que é o teatro épico?”, de 1931. A partir da exigência de recon?guração crítica do teatro tradicional, em vista do esclarecimento do público e de sua vinculação a um movimento mais amplo de transformação social, são apresentados os pressupostos e as di?culdades de um teatro pedagógico, tal como apresentado por Brecht em sua peça Um homem é um homem. Com isso, discute-se a perspectiva de análise de Benjamin, que ressalta o potencial crítico e anti-ilusionista de certos procedimentos teatrais, notadamente a produção de gestos pela interrupção da ação. 

DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v0i12p51-78

Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/64797

Palavras-Chave: Bertolt Brecht,Teatro épico,Walter Benjamin

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.

Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.