Retomar a crítica interna do capitalismo? Revisitando a análise das crises em Problemas de legitimação no capitalismo tardio de Habermas

n. 21 (2013) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Autor: Leonardo Jorge Da Hora Pereira

Resumo:

O trabalho de Jürgen Habermas se notabilizou por seus estudos sobre temas como a esfera pública, a ética do discurso e a ação comunicativa. No entanto, diante da atual crise do capitalismo, talvez seja produtivo revisitar um momento de sua experiência intelectual que foi, em certo sentido, relegado ao segundo plano. Trata-se dos teoremas de crise do capitalismo tardio elaborados em Problemas de legitimação no capitalismo tardio (1973). Tendo em vista que a teoria crítica parece estar hoje diante do desafio de trazer de volta para o centro de sua produção uma reflexão sobre os desequilíbrios e eventuais limites internos do capitalismo, argumentarei nesse artigo que o tipo de análise que Habermas empreende nesta obra pode nos oferecer elementos para a elaboração de diagnósticos do capitalismo contemporâneo. 

DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v0i21p61-84

Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/64740

Palavras-Chave: Habermas, Capitalismo,Crises, Teoria crítica

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.

Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.