A estrutura básica como objeto da justiça: liberdades básicas e as bases sociais do autorrespeito

v. 19 n. 1 (2014) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Autor: Denílson Luis Werle

Resumo:

O artigo parte do pressuposto de que para fazer um diagnóstico das injustiças, vulnerabilidades e carências das pessoas uma teoria crítica da justiça deve tomar como ponto de partida a posição real das pessoas no mundo, seus contextos de socialização e suas relações sociais de interdependência. Para isso, o objeto primário de uma teoria da justiça não deve ser diretamente os indivíduos e suas capacidades, mas sim a estrutura básica da sociedade, formada pelas principais instituições sociais, econômicas e políticas, isto é, os contextos intersubjetivos das relações interpessoais de cooperação social e de socialização que são determinantes na vida concreta das pessoas e principalmente na realização igual de suas liberdades e na formação do sentido interno do que significa ser autônomo.

DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v19i1p63-83

Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/85594

Palavras-Chave: estrutura básica, liberdades iguais, bases s

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.

Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.