Kierkegaard antimoderno, ou para uma tipologia (alternativa) da posição sociopolítica kierkegaardiana

v. 20 n. 1 (2015) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Autor: Gabriel Guedes Rossatti

Resumo:

Kierkegaard, não obstante ser geralmente reconhecido como um dos mais importantes pensadores do século XIX, ainda hoje sofre de interpretações muitas vezes distorcidas, tanto é que seu pensamento sociopolítico, mais especificamente, parece padecer bastante nas mãos de seus intérpretes, os quais muitas vezes o têm como conservador, quando não como reacionário. Neste sentido, pretendo neste artigo tanto reavaliar precisamente a posição sociopolítica de Kierkegaard quanto explicitar diferentes topoi ou temas presentes na produção kierkegaardiana, sendo que ambas estas coisas serão feitas a partir de uma chave de leitura bastante específica, a saber, o conceito de “antimoderno” tal qual trabalhado por Compagnon.

DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v20i1p163-178

Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/102972

Palavras-Chave: Kierkegaard, modernidade, antimodernos,morali

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.

Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.