A Teoria Crítica da Escola de Frankfurt e a persistência do populismo autoritário nos Estados Unidos

v. 22 n. 1 (2017) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Autor: John Abromeit

Resumo:

A primeira parte deste artigo fornece um breve resumo dos estudos sobre o autoritarismo e o populismo de direita dos Teóricos Críticos. A segunda parte analisa a emergência do Tea Party e o sucesso de Donald Trump em expandir e intensificar este movimento populista de direita ao atrelá-lo à sua liderança autoritária. Com base nos recursos conceituais expostos na primeira seção, pretendo demonstrar na segunda seção como as análises do populismo de direita e do autoritarismo dos Teóricos Críticos ainda podem explicar aspectos chave do Tea Party e de Trump. Ao longo deste artigo, a Teoria Crítica e o populismo de direita são situados em dois níveis de periodização histórica: o primeiro é a época burguesa moderna como um todo e o segundo se refere a períodos específicos desta época. O objetivo desta última periodização é esclarecer as condições históricas e sociais específicas que inibiram ou favoreceram o surgimento do populismo de direita e dos movimentos autoritários.

DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v22i1p13-38

Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/133938

Palavras-Chave: Teoria Crítica, populismo de direita, autori

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.

Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.