Razão, filosofia e formação em Max Horkheimer

v. 22 n. 2 (2017) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Autor: Franciele Bete Petry

Resumo:

O artigo busca discutir a função social atribuída à filosofia por Horkheimer levando em consideração sua crítica à razão. Esta será reconstruída na primeira seção, a qual mostrará como a razão sofreu um processo de esvaziamento de seus conteúdos objetivos, o que resultou no predomínio de uma razão instrumental orientada para a mera autoconservação do indivíduo. Na segunda seção, discutiremos a posição de Horkheimer de que a resistência a esse processo seria possível a partir do exercício de um pensamento não conformista, que se identifica à filosofia, e que busca trazer razão ao mundo ao refletir criticamente sobre a estrutura social e suas contradições. Destacaremos, por fim, a importância da formação (Bildung) no contexto da Universidade, instituição valorizada por Horkheimer pelo humanismo capaz de mobilizar para a resistência.

DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v22i2p77-91

Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/138457

Palavras-Chave: Max Horkheimer, razão,filosofia,,formação (Bi

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.

Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.