Crítica da esquerda, crítica da razão – uma visão de conjunto sobre o pensamento de Horkheimer nos anos 1940

v. 22 n. 2 (2017) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Autor: Luiz Sérgio Repa

Resumo:

Para delinear uma visão de conjunto sobre o pensamento de Horkheimer nos 1940, procura-se defender duas teses: primeiramente, trata-se de apoiar a ideia de que a crítica da razão, que marca esse período, se deve em última instância a uma crítica endereçada à esquerda, que Horkheimer desenvolve no ensaio “Estado autoritário”. A segunda tese afirma, por sua vez, que a crítica da razão aponta para dois caminhos diferentes na obra de Horkheimer, traçados em dois livros quase simultâneos: Dialética do esclarecimento, em parceira com Th. W. Adorno, e Eclipse da razão. A primeira obra representa uma via que pode ser chamada de “nietzschiana”, caracterizada pela identidade entre razão e dominação. A segunda obra, por sua vez, mostra uma via “kantiana”, a qual deve lidar na modernidade com o conflito entre a razão subjetiva e a razão objetiva.

DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v22i2p93-109

Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/138477

Palavras-Chave: esquerda,razão, Teoria Crítica, capitalismo d

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.

Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.