A soberania popular revisitada: autogoverno como modo de vida

v. 22 n. 3 (2017) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Autor: Rúrion Melo

Resumo:

O conceito de soberania popular de Rousseau está vinculado a uma ideia radical de liberdade como autonomia: é livre aquele capaz de governar a si mesmo, não se submetendo à vontade de um outro. O presente artigo procura investigar o enraizamento social da autonomia não apenas como critério crítico de legitimidade política, mas tendo em vista compreender de que maneira ele se insere em contextos de ação da vida cotidiana da sociedade. Formas atuais de dominação social e novas gramáticas de lutas emancipatórias (em pautas ligadas ao feminismo radical ou às questões do antirracismo) mostram que a autonomia também precisa encontrar efetividade em dimensões sociais complementares à esfera pública política.

DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v22i3p57-68

Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/140085

Palavras-Chave: oberania popular, autonomia, esfera pública,r

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.

Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.