Pensador Republicano ou Nacionalista Revolucionário? Rousseau nas lentes de Schmitt e Arendt

v. 22 n. 3 (2017) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

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Carl Schmitt e Hannah Arendt têm visões opostas em relação às revoluções e à constituição, porém ambos convergem em uma leitura reducionista de Rousseau. O propósito deste trabalho é mostrar como a leitura de Rousseau, de Sieyès e do poder constituinte que Schmitt faz em sua Verfassungslehre (teoria da constituição) de algum modo se encontra com a interpretação que a própria Arendt tem da Revolução Francesa, ainda que ela apresente uma resposta diferente ao “paradoxo da constituição”. Ao final, uma leitura que aponte para as ambivalências de Rousseau permite desfazer algumas distorções e recuperar um pouco o sentido republicano de sua filosofia política.

DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v22i3p77-89

Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/140091

Palavras-Chave: poder constituinte,Rousseau, Hannah Arendt,Ca

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.

Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.