A história filosófica contra Rousseau

v. 22 n. 3 (2017) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Autor: Pedro Paulo Pimenta

Resumo:

 Trata-se de mostrar como a história filosófica, gênero típico da época da Ilustração, foi utilizada como uma espécie de método alternativo à história conjectural, tal como concebida e utilizada por Rousseau no segundo Discurso. É o caso, notadamente, da History of America, do escocês William Roberston, onde o selvagem americano aparece como tipo do homem natural, inserido no quadro de uma teoria do desenvolvimento da sociedade através de estágios. A profundidade teórica e o potencial crítico da obra de Robertson foram identificados por Edmund Burke, seu primeiro e mais arguto leitor.

DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v22i3p91-106

Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/140093

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.

Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.