O monismo complexificado de Schelling

v. 23 n. 1 (2018) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Autor: Humberto Schubert Coelho

Resumo:

Apresentaremos diferenças técnicas que ajudam a compreender e justificar a passagem de um modelo de monismo forte, no sistema da identidade de Schelling, a um monismo complexificado e de inspiração böhmiana na fase da Filosofia e Religião e dos Escritos sobre a liberdade. Como o segundo modelo inclui em si uma dimensão processual e conflitiva mais complexa, ele tem a vantagem de acomodar um conceito substantivo e concreto de liberdade no sentido almejado por Schelling, um poder capaz de fomentar o bem e o mal. Para que isso seja possível, contudo, é necessário que a moralidade e toda a diferença em geral sejam assumidas seriamente no novo esquema conceitual, pois a homogeneização de aparência espinosana tendia a tornar ilusórias as diferenças.

DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v23i1p13-26

Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/133957

Palavras-Chave: monismo, Deus, liberdade,conflito, integração

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.

Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.