Judith Butler leitora de Walter Benjamin: para uma crítica das políticas progressistas e identitárias
v. 24 n. 1 (2019) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade
Autor: Benjamim Brum Neto
Resumo:
No presente artigo pretendemos mostrar de que forma Judith Butler se apropria de alguns conceitos bastante conhecidos pelos leitores de Walter Benjamin para tecer suas considerações a respeito de algumas políticas nacionais contemporâneas, com destaque para as políticas sexuais e as políticas seculares. Nossa hipótese é que o tema que perpassa todas as obras da filósofa é o da subversão ou crítica da identidade, seja ela usada como fundamento para o movimento feminista ou para políticas nacionais. Veremos de que forma Butler se apropria das noções de “história contínua”, “tempo vazio”, “violência mítica”, “violência divina”, “mandamento” e de messianismo, sobretudo em duas obras da filósofa, a saber, Quadros de guerra e Caminhos divergentes.
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/147814
Palavras-Chave: Judith Butler, Walter Benjamin, História, Pro
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade
Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.
Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.