EXPERIMENTAÇÃO POLÍTICA DA AMIZADE A PARTIR DA TEORIA DOS AFETOS DE ESPINOSA

Cadernos Espinosanos n. 28 (2013) • Cadernos Espinosanos - Estudos sobre o século XVII

Autor: Lívia Godinho Nery Gomes

Resumo:

A amizade é concebida neste estudo como tendo um sentido político, pois uma condição necessária do exercício político é aquela de considerar a opinião do outro. Em seu sentido político, a amizade favorece o questionamento de pontos de vista fixos e a irrupção de ações inovadoras. A experimentação política da amizade constitui uma relação agonística, de abertura ao outro na qual os corpos estão dispostos a afetar e serem afetados, implicados em contribuir com o aumento da capacidade de reflexão e ação do amigo. Este artigo tem como objetivo discutir a experimentação política da amizade a partir da teoria dos afetos de Baruch Espinosa: o corpo é essencialmente relacional e é na relação com seus outros, na maneira como afeta e é afetado por eles
que se dá a condição de possibilidade da resistência à tristeza e afirmação da alegria – compreendida como aumento da potência de pensar e agir.

DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2013.81266

Texto Completo: http://www.revistas.usp.br/espinosanos/article/view/81266

Palavras-Chave: amizade, experimentação, política,afetos, Esp

Cadernos Espinosanos - Estudos sobre o século XVII

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Serão aceitos artigos e ensaios originais, traduções e resenhas que possam contribuir com o acervo sobre a filosofia moderna.

The aim of this journal is to published every semester works on seventeenth-century philosophers, as well as contemporary readings about the thought of these, constituting a channel of expression of students and researchers from the Department of Philosophy at USP and other Brazilian and foreign institutions.

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