Nietzsche no Rio da Prata (1900-1950)

Número 33 (2013) • Cadernos Nietzsche

Autor: Sergio Sánchez

Resumo:

Minha atual pesquisa concentra-se nos primeiros leitores do Rio da Prata de Nietzsche, entre o final do séc. XIX até meados do séc. XX. Tenho me ocupado com a recepção de seu pensamento na margem oriental do Rio da Prata, mais especificamente no contexto do modernismo. O romancista Carlos Reyles e o ensaísta José Enrique Rodó, são dois exemplos claros das questões e interesses que motivaram a leitura de Nietzsche em 1900 na costa uruguaia, num contexto em que a crise europeia de fin-de-siècle encontrava significativos ecos nestas latitudes. Ao mesmo tempo na margem Argentina, entre os muitos leitores do filó- sofo, me interessa em especial Jorge Luis Borges, a quem dedico agora minha pesquisa, reconstruindo os segmentos pertinentes da sua “biblioteca ideal”. Desta forma, minha exposição centra-se, em precisar as características comuns e específicas desta recepção de Nietzsche, assim como, os pressupostos (metodológicos, de enfoque, etc.) do meu trabalho no contexto dos estudos sobre Nietzsche.

ISSN: 2316-8242

Texto Completo: http://gen.fflch.usp.br/sites/gen.fflch.usp.br/files/u41/CN33%2003.pdf

Palavras-Chave: Nietzsche – Rio da Prata - recepção,Nietzsch

Cadernos Nietzsche

Os "Cadernos Nietzsche" visam a constituir um forum de debates em torno das múltiplas questões colocadas acerca e a partir da reflexão nietzschiana.

Nos cem anos que nos separam do momento em que o filósofo interrompeu a produção intelectual, as mais variadas imagens colaram-se à sua figura, as leituras mais diversas juntaram-se ao seu legado. Conhecido sobretudo por filosofar a golpes de martelo, desafiar normas e destruir ídolos, Nietzsche, um dos pensadores mais controvertidos de nosso tempo, deixou uma obra polêmica que continua no centro da discussão filosófica. Daí, a oportunidade destes cadernos."