EXPRESSIVISMO, DESCRITIVISMO E O PARADOXO DE MOORE

DISSERTATIO v. 38 (2013) • Dissertatio - Revista de Filosofia

Autor: Juliano Santos do Carmo, Eduardo Ferreira das Neves Filho

Resumo:

O objetivo deste trabalho é mostrar que, em relação ao uso de termos psicológicos, Wittgenstein assume uma forma muito particular de expressivismo. Alguns autores procuram mostrar que Wittgenstein é um expressivista no sentido tradicional, outros procuram defender que o filósofo não é um expressivista em nenhum sentido. Para Do Carmo, ambos os modos de conceber a posição wittgensteiniana estão profundamente equivocados e, neste trabalho, ele tenta defender não apenas que Wittgenstein assume certos pressupostos do expressivismo, mas, também que sua posição é potencialmente capaz de superar algumas dificuldades, como a falácia descritivista, por exemplo. Sua estratégia será considerar, em primeiro lugar, o modo como o filósofo procura mostrar a absurdidade das sentenças Moore-paradoxais tomando como pano de fundo o trabalho de Eduardo Ferreira das Neves Filho e, em um segundo momento, mostrar que o tratamento wittgensteiniano dos termos psicológicos consiste justamente na dissolução da dicotomia “descrição-expressão”. Na terceira seção deste artigo, Neves Filho procura responder a algumas das análises e críticas realizadas por Do Carmo nas duas seções anteriores, destacando algumas implicações da assunção de um forte expressivismo para uma solução ao Paradoxo de Moore.

DOI: HTTP://DX.DOI.ORG/10.15210/DISSERTATIO.V38I0.8630

Texto Completo: https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/dissertatio/article/view/8630

Palavras-Chave: Expressivismo,descritivismo,Paradoxo de Moore

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