AS POLÍTICAS DE ROUSSEAU E AS DE ROBESPIERRE: FALSAS PRETENSÕES E VERDADEIROS ESPELHOS DEFORMADOS - a questão do pobre no centro da cidade republicana

Vol. 04, N. 07 (2019) • Eleuthería - Revista do Curso de Filosofia da UFMS

Autor: Pierre Serna; Marta Nunes da Costa

Resumo:

Uma longa historiografia construiu, para criticar ou louvar uma ligação de evidência entre Rousseua e Robespierre. De fato, "a incorruptível" utilizacac e referia-se explicitamente aos ecritos de jean-Jacques em muitos de seus discursos. No entanto, num ponto importante suas opniões diferem, no momento de apreciar o grau de cidadania do pobre na cidade. Quando o filósofo denuncia o flagelo social da pobreza como resultado de uma má governança, Robespierre tenta numa reviravolta apresentar a pobreza como um status de dignidade moral que é preciso combater materialmente, mas colocar no centro da construção cidadã. Assim, A república naõ se constrói sobre o mito do pequeno proprietário do seu bem, mas sobre a realidade do pobre, tendo para ele apenas o valor de seu trabalho a poder fazer frutificar. Já não é mais o bem fundiário, mas o valor do trabalho que cria a escala de apreciação de cada um, reformulando a ideia de virtude, não como a consequência de poupanças tranformadas em brm, mas como o resultado de um voluntarismo repetido no trabalho quotidiano sem esperança de capitalizar.

Abstract:

A long historiography constructed for critiquing or assessing an obvious link between Rousseau and Robespierre. Undeniably “l’Incorruptible” used and explicitly referenced the writings of Jean-Jacques in many of his speeches. However, an important point is to be made in the difference of their opinions when assessing the degree of citizenship of the poor citizens. Herein is where his philosophy denounces the social scourge of the poverty as a result of poor governance, Robespierre counters inversely, endowing the poor a certain status of moral dignity that put him at the center of the civic construct. Thus, the republic is not built on the myth of small owners prospering themselves, but on the reality of the poor having only the value of his work for wealth. It is no longer the property of the land but the valuing of work that creates the ladder of appreciation for each by reformulating the idea of virtue, not as the consequence of savings transformed in goods, but rather by the results of a repeated volunteerism in daily labor without hopes of capitalizing.

ISSN: 2527-1393

Texto Completo: https://periodicos.ufms.br/index.php/reveleu/article/view/10144

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