Ontologia e antropomorfismo

v. 10,n. 2 (2019) • Estudos Nietzsche

Autor: Renan Rocha Cortez

Resumo:

Nietzsche apresentou críticas ao furor filosófico da generalização e ao antropomorfismo.  Entretanto, a atribuição de vontade a todos os entes é um exemplo de antropomorfização e de generalização. Nesse artigo analiso as soluções que foram oferecidas por três renomados intérpretes: Martin Heidegger, Maudemarie Clark e George Stack. Esses autores foram escolhidos porque suas interpretações representam modelos gerais. A primeira solução pode ser chamada de metafísica; a segunda, de naturalista; a última, de langeana. Pretendo mostrar que as duas primeiras são limitadas e a terceira oferece algumas vantagens. No final, acrescento alguns argumentos com o objetivo de tornar a interpretação de George Stack menos ambígua e ainda mais persuasiva.  

Texto Completo: https://periodicos.ufes.br/estudosnietzsche/article/view/24089

Palavras-Chave: Ontologia. Antropomorfismo. Vontade de poder.

Estudos Nietzsche

A revista Estudos Nietzsche é uma publicação semestral do Grupo de Trabalho Nietzsche (GT-Nietzsche) da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF) em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Sua proposta, alinhada à ideia que levou à criação do GT-Nietzsche, é incentivar a investigação e o debate sobre a contribuição do pensamento de Nietzsche, bem como a sua articulação com questões da atualidade. Para tanto, leva a público artigos sobre o pensamento do filósofo alemão, traduções de textos inéditos, bem como apresentações (resenhas) de obras recentes relevantes sobre Nietzsche, constituindo-se num ambiente de debate para pesquisadores especialistas da filosofia nietzschiana e numa fonte privilegiada para estudiosos interessados no pensamento do filósofo alemão. Os textos publicados seguem o exigido rigor filosófico e metodológico no que diz respeito ao tratamento dos escritos do filósofo alemão, observando aspectos como a inserção em determinados debates já estabelecidos, o atual estágio das pesquisas sobre o tema trabalhado, a periodicidade dos textos empregados do filósofo, bem como o uso de material fidedigno e já submetido à crítica, no que diz respeito às fontes, fragmentos póstumos, cartas, etc.