Agência e paciência moral: razão e vulnerabilidade na constituição da comunidade moral

vol. 6, n. 3 (2007) • Ethic@ - Revista Internacional de Filosofia Moral

Autor: Sônia T. Felipe

Resumo:

Ao analisar os limites da tradição moral com relação à constituição da comunidade moral, dou especial atenção aos principais argumentos apresentados por filósofos morais que elaboram suas teorias éticas considerando a possibilidade de incluir seres vivos não-racionais na comunidade moral, pelo menos na condição de pacientes morais. Para Kenneth Goodpaster, Tom Regan e Paul Taylor, o ponto de vista a ser levado em conta na ética não são os interesses exclusivos dos agentes racionais, mas os dos pacientes morais. A agência moral requer a racionalidade. A paciência moral se estabelece a partir da vulnerabilidade. Desse modo, a comunidade moral é constituída tanto pela razão quanto pela vulnerabilidade. Sob essas três perspectivas éticas é possível analisar criticamente os principais argumentos da filosofia moral tradicional e desenvolver uma ética com vistas a incluir seres vivos não-humanos na comunidade moral: animais e ecossistemas têm então a oportunidade de ser considerados oralmente relevantes, ao contrário das abordagens éticas fundadas em teorias contratualistas e na razão instrumental.

 

DOI: https://doi.org/10.5007/%25x

Texto Completo: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ethic/article/view/24542/21801

Palavras-Chave: agência moral,paciência moral,Kenneth Goodpas

Ethic@ - Revista Internacional de Filosofia Moral


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