Autor: Elivanda Oliveira Silva

Resumo:

O texto tem como objetivo apresentar uma leitura biopolítica da obra de Hannah Arendt, o que requer uma análise da relação entre vida e política, a partir dos elementos biopo-líticos contidos na filosofia da autora, espe-cialmente no que diz respeito ao totalitarismo como forma de governo sem precedentes na história da humanidade. Por conseguinte, examinaremos o processo de politização do biológico que elevou a vida a bem supremo, resultando em consequências radicais para o domínio público. Para tanto, lançaremos mão também do arcabouço conceitual de Agamben, principalmente, dos conceitos de vida nua, estado de exceção, homo sacer, para que possamos trazer à luz os elemen-tos biopolíticos que perpassam a obra aren-dtiana e que fundamentam o jogo político das atuais democracias liberais.

Abstract:

The text aims to present a biopolitical rea-ding of Hannah Arendt’s work, which requi-res an analysis of the relationship between life and politics, considering the biopolitical elements contained in the philosophy of the author, especially in regard to totalitarianism as a form of government without precedent in the history of mankind. Therefore, we will examine the process of biological politiciza-tion which increased the life to a supreme good, resulting in radical consequences for the public domain. To this end, we will also take into account the conceptual framework of Agamben, mainly, the concepts of naked life, state of exception, homo sacer, so that we can bring into light the biopolitical ele-ments that pass through the Arendt’s work and which give basis to the political game of current liberal democracies.

ISSN: 1984-9206

Texto Completo: https://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/6275

Palavras-Chave: Biopolítica, Totalitarismo, Politização do biológico, Democracias liberais