APARÊNCIA E APARIÇÃO NO CERNE DO ESPETÁCULO
V. 13 N. 26 Verão de 2016 • Kalagatos - Philosophical Journal
Autor: Fabiano José Araújo dos Santos
Resumo:
Neste artigo pretendo uma básica exposi-ção dos conceitos hegelianos de aparên-cia (Schein) e aparição ou fenômeno (Ers-cheinung), que Marx, em sua crítica da sociedade burguesa, ao ressignificá-los sob sua perspectiva materialista dialética, tomando-os do método hegeliano, faz uso para explicar o processo de troca capita-lista, este onde, segundo ele, se observa uma inversão entre “homens” e “coisas” e que é expressão geral dessa força histó-rico e socialmente constituída a partir da ação prática “inconsciente” dos indivíduos – o capital –, que, por seu modo de cons-tituição, se lhes apresenta como positivi-dade de características tirânicas em suas variadas manifestações. Interessa-nos aqui compreender tais categorias em sua mencionada apropriação por Marx, pois é a elas que Guy Debord faz referência dire-ta em sua critica da sociedade capitalista de um século posterior ao lançamento de O capital (o que ele chamou de A socieda-de do espetáculo em uma obra homôni-ma), quando faz referência ao capitalismo superdesenvolvido, o espetáculo, como momento histórico em que o capital alcan-çou tal grau de acumulação que se tornou imagem.
Abstract:
In this article I propose a basic exposition of the Hegelian concepts of appearance (Schein) and apparition or phenomenon (Erscheinung) that Marx, in his critique of bourgeois society, offering new significan-ce under his dialectical materialist pers-pective, takes from the Hegelian method in order to explain the process of capitalist exchange, this where, according to him, we see a reversal between “men” and “things” and that is the general expression of this historically and socially constitu-ted force, create from the “unconscious” practical action of individuals - the capital - which, by its constitution, presents itself to them as a tyrannical positiveness in its various manifestations. What interests us here is to understand such categories in its mentioned appropriation by Marx, be-cause it is to them that Guy Debord makes direct reference in his critique of capitalist society of exactly one century after the launch of The capital’s book one (which he called the society of the spectacle in an homonymous work), when referring to the overdeveloped capitalism, the specta-cle, as a historic moment where the capital has reached such a degree of accumula-tion that has become image.
ISSN: 1984-9206
Texto Completo: https://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/6198
Palavras-Chave: Aparência, Aparição, Imagem, Capital
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