A CISÃO BIOPOLÍTICA ORIGINÁRIA EM GIORGIO AGAMBEN
V. 12 N. 23 (2015): Inverno de 2015 • Kalagatos - Philosophical Journal
Autor: ESTENIO ERICSON BOTELHO DE AZEVEDO
Resumo:
Este artigo pretende reconstituir a concepção de Biopolítica em Giorgio Agamben. Em diálogo com Hannah Arendt, o pensador italiano retoma a distinção entre zoé e bios, todavia considerando-a a cisão biopolítica originária. Essa cisão funda uma relação de inclusão excludente (exceptio) presente em toda relação do Poder Soberano com a vida nua, de modo que esta se encontra excluída da vida política e ao mesmo tempo é nela incluída de forma subalterna. Essa cisão é posta pela própria Soberania política; por isso, para Agamben, o Poder Soberano é essencialmente, desde os gregos, um Biopoder. Com base nessa tese, delineiam-se suas aproximações e seus distanciamentos da perspectiva da Biopolítica inaugurada por Michel Foucault.
Abstract:
This article aims to reconstruct the Giorgio Agamben’s conception of Biopolitics. In dialogue with Hannah Arendt, the Italian thinker takes the distinction between zoe and bios, considering it the original fission in biopolitics. This fission establishes a relationship of exclusionary inclusion (exceptio) present in every relation between the Sovereign Power and naked life, so that this life is excluded from political life and at the same time it is included in a subordinate fashion. This fission is set by political Sovereignty itself; because of this, to Agamben, the Sovereign Power is essentially, from the Greeks, one Biopower. Based on this thesis, their approaches and their distances are outlined from the perspective of Biopolitics inaugurated by Michel Foucault.
ISSN: 1984-9206
Texto Completo: https://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/6144
Palavras-Chave: Zoé. Bios. Homo sacer. Soberania. Biopolítica.
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