TEORIA DA PERCEPÇÃO SEGUNDO ARISTÓTELES
V. 4 N. 8 (2007): Verão de 2007 • Kalagatos - Philosophical Journal
Autor: Juliana Aggio
Resumo:
O texto examina a relação entre conhecimento e percepção segundo Protágoras, Platão e Aristóteles, com o objetivo de mostrar o que é a percepção segundo o paradigma sofístico e o platônico e, por fim, qual é o lugar da tese aristotélica sobre a percepção diante desses dois paradigmas. Como resultado da investigação, temos que, para Aristóteles, diferentemente de Protágoras, a sensação não é responsável por todos os julgamentos, nem por discriminar todos objetos cognoscíveis; também para Aristóteles
e diferentemente de Platão, o extremo oposto não é verdadeiro, a saber, que a sensação não discrimina seus próprios objetos. O texto, deste modo, pretende elucidar como o ser é conhecido pela percepção segundo Aristóteles, tratando assim de um ponto
extremamente controverso, a saber: como a sensação discrimina seus próprios objetos sem a intervenção do pensamento, se tal discriminação resume-se apenas em processos fisiológicos ou é também uma atividade da alma e, se é também uma
atividade da alma, em que sentido a alteração física ocorrida no corpo, conjuntamente com uma certa atividade da alma, constituem a percepção.
Abstract:
The text investigates the relation between knowledge and perception according toProtagoras, Plato and Aristotle with the objective to show what is perception accordingto the sofistic and to the platonic paradigm and, finally, what is the place of thearistotelian thesis of perception in relation to these two paradigms. As a result of theinvestigation, we conclude that, for Aristotle, and differently from Protagoras, theperception is not responsable for all judgments, neither is responsable to discriminateall cognitive objects. Furthermore, for Aristotle and differently from Plato, the extremeopposite is not true, i.e., that perception does not discriminate its own objects.Knowledge and perception, therefore, must not be absolutely identical or distinct,neither the being is absolutely being perceived, neither the being perceived isabsolutely indeterminated. In this way, the text intends to clarify how perception knowsthe being according to Aristotle by treating a very controversial point: how perceptiondiscriminates its own objects without the thought’s intervention, if this discriminationis strictly a physiological process or is also an activity of the soul, and if it is also anactivity of the soul, in which way the body’s physical alteration conjoined with a certainactivity of the soul constitute perception.
ISSN: 1984-9206
Texto Completo: https://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/5856
Palavras-Chave: Alma. Conhecimento. Corpo. Objeto Sensível. Percepção.
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