PROGRESSO E DEPRAVAÇÃO: A CULTURA COMO REMÉDIO

Kriterion, v. 57, n. 134 (2016) • Kriterion: Revista de Filosofia

Autor: Wilson Alves de Paiva

Resumo:

O pensamento iluminista defendia que a ciência e as artes proporcionaram o desenvolvimento da razão e a melhoria dos costumes. A posição contrária, tomada pelo filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), rendeu-lhe o prêmio da Academia de Dijon e o fez, depois da publicação de outras obras, um defensor da natureza e do homem natural. Diante da depravação dos costumes, o autor promove a própria cultura como remédio, haja vista que não se pode voltar ao estado de natureza. O conjunto de sua obra pode, dessa forma, ser considerado como uma tentativa audaciosa de Rousseau em utilizar-se das belas letras (o “Emílio” é um belo exemplo da arte literária do século XVIII) como um remédio contra os males da civilização, principalmente o afastamento do homem para com a natureza.

Abstract:

The Enlightenment philosophers argued that science and the arts provided the development and improvement of the customs. The contrary position taken by Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) produced a great impact so that he received the Dijon Academy Award and was made – after the publication of other works – a defender of nature and of the natural man. Considering the depravity of manners, the author promotes the culture itself as a remedy, as no one can return to the state of nature. All his writings together can, thus, be seen as a bold attempt to use up the arts (“Emile” is a fine example of literary art of the eighteenth century) as a remedy against the evil of civilization, mainly the withdrawal of man from nature.

Texto Completo: http://www.scielo.br/pdf/kr/v57n134/0100-512X-kr-57-134-0421.pdf

Palavras-Chave: Rousseau,Educação,Cultura, Iluminismo,Roussea

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