BIOPOLÍTICA: ESTADO DE EXCEÇÃO E ECONOMIA TRINITÁRIA EM AGAMBEN

V. 14 N. 24 (2021): Jul./Dez 2021 • Polymatheia - Revista de Filosofia

Autor: Dilson Brito da Rocha

Resumo:

O presente estudo tem como objetivo examinar o modus operandi com o qual o filósofo italiano Giorgio Agamben (1942) rastreia a biopolítica, aprofundando questões que giram em torno do estado de exceção e da economia trinitária. Ele se vale de alguns conceitos, tais quais, homo sacer, soberano, vida nua etc., a fim de defender a ideia de que a política desde tempos mais remotos é biopolítica. A “vida nua”, sua tese crucial, é a situação na qual todos estão expostos. Ocorre que, ao estabelecer uma relação entre zoé e bios, termos dantes presentes em Aristóteles, assere que a vida do homem foi aniquilada, reduzida à condição de homo sacer. Este homem sequer pode ser sacrificado, nem tampouco pode recair sobre aquele que o mata alguma pena, tendo, por conseguinte, uma vida matável e insacrificável. À vista disso, a inferência a que chegamos, em consonância com o filósofo, é de que o estado de exceção está em vigor, em razão de que, exempli gratia, por meio da biopolítica, os seres humanos foram limitados a meros corpos biológicos ou, se quisermos, a bios foi transformada, por meio de dispositivos, em zoé.

Abstract:

Il presente studio si propone di esaminare il modus operandicon cui il filosofo italiano Giorgio Agamben (1942) traccia la biopolitica, approfondendo temi che ruotano attorno allo stato di eccezione e all'economia trinitaria. Si serve di alcuni concetti, come homo sacer, sovrano, vita nuda, ecc., Perdifendere l'idea che la politica fin da tempi più remoti sia stata biopolitica. La “vita nuda”, la sua tesi cruciale, è la situazione in cui tutti sono esposti. Succede che, stabilendo una relazione tra zoée bios, termini precedentemente presenti in Aristotele, si asserisca che la vita dell'uomo è stata annientata, ridotta alla condizione di homo sacer. Quest'uomo non può nemmeno essere sacrificato, né può cadere su chi lo uccide alcuna pietà, e quindi ha una vita che è allo stesso tempo uccidibile e non sacrificabile. In considerazione di ciò, l'inferenza a cui siamo giunti, in linea con il filosofo, è che lo stato di eccezione è in atto, perché, exempli gratia, attraverso la biopolitica, gli esseri umani erano limitati a meri corpi biologici o, se vogliamo, il biosè stato trasformato, tramite dispositivi, in zoé.

ISSN: 1984-9575

Texto Completo: https://revistas.uece.br/index.php/revistapolymatheia/article/view/6568

Palavras-Chave: Biopolítica; estado de exceção; homo sacer; economia trinitária; vida nua.

Polymatheia - Revista de Filosofia

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