A apropriação do conceito “visão de mundo” pela filosofia de Martin Heidegger

v. 11, n. 29 • Prometeus: journal of philosophy

Autor: Lius Gabriel Provinciatto

Resumo:

O termo “visão de mundo” (Weltanschauung) tem sua origem no interior da filosofia alemã, mais especificamente na Crítica da faculdade de julgar(1790) de Kant (1724-1804), sendo decisivo para a consolidação do “idealismo alemão”. Martin Heidegger (1889-1976) faz uma apropriação desse termo. Tal apropriação, porém, acontece mediante a refundação do sentido próprio de “visão de mundo”. Disso decorre o seguinte: há, por um lado, uma continuidade terminológica – Heidegger ainda utiliza o termo “visão de mundo” –, o que não acontece no modo de proceder, ou seja, por outro lado, há uma mudança metodológica e esta é decisiva para a apropriação do termo, bem como para a sua fundamentação e significação. Esse movimento de apropriação pode ser visto a partir de três preleções: A ideia da filosofia e o problema da visão de mundo (1919), Os problemas fundamentais da fenomenologia (1927) e Introdução à filosofia (1928-1929). O objetivo do presente artigo, então: investigar algumas indicações percebidas nos textos de Heidegger que conduzem esse movimento de apropriação, de modo a elucidar qual seja o caráter peculiar de sua apropriação. Realizando uma hermenêutica textual há de se perceber, por fim, que Heidegger retorna à tradição filosófica – à metafísica – com o propósito de dela se distanciar, mostrando que esse movimento de apropriação em relação ao termo “visão de mundo” permite também a colocação pela pergunta do sentido de ser.

Texto Completo: https://www.ojs.ufs.br/index.php/prometeus/article/view/8210

Prometeus: journal of philosophy

O periódico PROMETEUS FILOSOFIA, vinculado ao Grupos de Pesquisa VIVA VOX e à CÁTEDRA UNESCO ARCHAI, hospedado na Plataforma de Periódicos Científicos da UFS, publica artigos inéditos na área de filosofia e afins, em língua portuguesa, espanhola, inglesa e francesa, bem como resenhas, notas de pesquisa e relatos de experiência que se enquadrem no nosso campo de publicação, isto é, pós-graduandos e pós-graduados em filosofia. O público-alvo é, fundamentalmente, o pós-graduado e o pós-graduando em filosofia.