AVICENA E A FILOSOFIA ORIENTAL: HISTÓRIA DE UMA CONTROVÉRSIA
V. 22, N. 30 (2010) • Revista de Filosofia Aurora
Autor: Rosalie Helena de Souza Pereira
Resumo:
Uma obra incompleta de Avicena (Ibn S?n?), a Filosofia Oriental, concentrou a atenção de muitos especialistas para determinar seu título e conteúdo. Alguns julgaram tratar-se de uma obra de conteúdo místico e aceitaram o título de Filosofia Iluminativa, o que foi refutado unanimemente com a publicação, em 1925, do artigo de C. A. Nallino e, mais recentemente, em 1988, com o trabalho de D. Gutas. A mística na obra de Avicena, porém, continuou a ser estudada com base em seus outros textos. Na década de 1950, Henry Corbin reviveu a polêmica em torno do título da controvertida obra de Avicena, desenvolvendo a hermenêutica de uma filosofia oriental-iluminativa e, nesta linha, a interpretação de três opúsculos de Avicena. Foi contestado por Amélie-Marie Goichon em seu estudo sobre a Narrativa de Hayy ibn Yaqz?n, um dos três opúsculos estudados por Corbin. Apresenta-se aqui a história da polêmica acerca do título da obra parcialmente perdida de Avicena e, relacionada a esta questão, a concepção de Oriente e Ocidente nos estudos avicenianos. Ao interpretarem Hayy ibn Yaqz?n, Corbin e Goichon seguem métodos distintos: Goichon segue o paradigma do aristotelismo e Corbin elabora uma hermenêutica fenomenológica para explicar a simbologia da viagem da alma em direção ao conhecimento.
DOI: : http://dx.doi.org/10.7213/rfa.v22i30.2251
Texto Completo: https://periodicos.pucpr.br/index.php/aurora/article/view/2251
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