Entrevista com Adriano Correia

Inquietude, v. 4, n. 2 (2013) • Revista Inquietude - Revista dos Estudantes de Filosofia da UFG

Autor: Adriano Correia; William Bento Barbosa

Resumo:

Em 2013, a publicação da obra Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal, de Hannah Arendt, faz cinquentenário. O livro, publicado em maio de 1963, até hoje suscita polêmicas e incompreensões devido ao caráter questionador de Hannah Arendt. Como correspondente para revista The New Yorker em 1961, Arendt foi a Israel cobrir o julgamento de Adolf Eichmann, um dos principais responsáveis pelo genocídio nazista. Na Casa da Justiça em Jerusalém, diante de um julgamento espetacularizado, Arendt não se deparou com um criminoso malévolo, mas com as irrefletidas ações de um homem comum, sujeito a clichês burocráticos. Longe de inocentá-lo, a partir da análise do personagem Eichmann, Arendt elabora uma genuína reflexão para além da persona do condenado e do julgamento em si e, mais do que qualquer cobertura jornalística, constitui aquilo que seria uma das maiores contribuições do século XX ao pensamento filosófico. Para falar sobre o assunto à Inquietude, convidamos o professor de filosofia da Universidade Federal de Goiás, Adriano Correia Silva, doutor em filosofia pela UNICAMP. Adriano publicou livros e inúmeros artigos sobre o pensamento de Hannah Arendt. Em conversa com Willian Bento Barbosa, membro da Revista Inquietude, Adriano Correia diz que é uma pena que a própria expressão “banalidade do mal” tenha se banalizado jornalisticamente de um modo tão amplo e tão irrefletido. Adriano também aborda outras importantes e polêmicas discussões do livro, tais como o caso Eichmann e os riscos éticos e políticos da ausência do pensar. Por fim, sua fala está voltada para recepção e o legado da obra arendtiana.

ISSN: 2177-4838

Texto Completo: https://drive.google.com/file/d/0B4AeuuKw4oJnRUJpc0FlRVNldWM/view

Revista Inquietude - Revista dos Estudantes de Filosofia da UFG

Indexada na QUALIS como B4, a Inquietude é a revista científica (ISSN 2177-4838) dos estudantes de graduação e pós-graduação em Filosofia da Universidade Federal de Goiás. Trata-se de um periódico acadêmico semestral que publica textos filosóficos inéditos: artigos, traduções, resenhas e entrevistas.