Duas Teorias Realistas para a Interpretação da Semântica dos Mundos Possíveis

Inquietude, v. 1, n. 1 (2010) • Revista Inquietude - Revista dos Estudantes de Filosofia da UFG

Autor: Renato Mendes Rocha

Resumo:

O discurso a respeito dos mundos possíveis pode ser uma ferramenta bastante útil para a filosofia. Pode ser útil, por exemplo, para a compreensão das modalidades, da necessidade e da possibilidade. No entanto, para utilizar o discurso dos mundos possíveis devemos ter uma explicação satisfatória do caráter ontológico da semântica dos mundos possíveis. Para isso, precisamos responder a questões do tipo: o que é um mundo possível? De que forma eles existem? Em quantos mundos possíveis podemos falar? Há diversas formas de responder a estas perguntas. Neste trabalho pretendemos apresentar duas teorias que possuem uma abordagem realista para a noção de mundo possível. Cada uma dessas teorias atribuiu um caráter ontológico diferente para a noção de mundo possível e, portanto, uma metafísica diferente. A primeira delas é o Realismo Modal Extremo, teoria atribuída a David Lewis que defende a existência genuína de uma pluralidade de mundos possíveis. A segunda teoria é a teoria combinatória da possibilidade de David Armstrong. Essa teoria é uma versão das teorias do atualismo modal que também são teorias realistas em relação à existência de mundos possíveis, mas que dão prioridade ao mundo atual. Por fim, pretendemos comparar as duas teorias e avaliar qual é mais vantajosa levando em consideração o custo ontológico de cada uma delas, (i.e., em relação ao número de entidades postuladas) para termos uma metafísica mais econômica.

ISSN: 2177-4838

Texto Completo: https://drive.google.com/file/d/0B4AeuuKw4oJnNXZZZW5Dd3p1cjQ/view

Palavras-Chave: mundos possíveis; realismo modal; atualismo modal.

Revista Inquietude - Revista dos Estudantes de Filosofia da UFG

Indexada na QUALIS como B4, a Inquietude é a revista científica (ISSN 2177-4838) dos estudantes de graduação e pós-graduação em Filosofia da Universidade Federal de Goiás. Trata-se de um periódico acadêmico semestral que publica textos filosóficos inéditos: artigos, traduções, resenhas e entrevistas.