PRESENÇA, VIRTUALIDADE E EMOÇÃO: PERSPECTIVAS TEMPORAIS EM TORNO DO BERGSONISMO
Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia - v. 3 n. 05 (2011) • Revista Kínesis
Autor: Pablo Enrique Abraham Zunino
Resumo:
Este artigo examina a relação entre subjetividade e vontade à luz de alguns resultados parciais obtidos em nossa pesquisa sobre a filosofia de Henri Bergson, cujo carro-chefe é a noção de “duração”. Pensar a subjetividade a partir da duração significa admitir que a transição ininterrupta que vai do passado para o futuro passando pelo presente é a temporalidade atuando no nível mais simples de nossa relação com o mundo. Destacamos a subjetividade a partir da duração porque já na percepção estamos evocando o passado para iluminar o presente e, assim, podemos compreender o “problema” da subjetividade a partir de uma ação na qual se observa uma diferença de funções: a diferença entre o presente que atua e o passado que já não atua. É precisamente esse caráter temporal da ação que leva os comentadores de Bergson a interpretarem de maneira original a gênese da subjetividade, o papel da memória na percepção e a conceberem novos sentidos para o conceito de “vontade”. Por conseguinte, a estrutura argumentativa que adotamos neste texto deverá mover-se em três níveis de análise que correspondem, respectivamente, a três aspectos da subjetividade humana (percepção, memória e vontade). Desse modo, pretendemos ressaltar a temporalidade viva como marca registrada do bergsonismo.
Abstract:
This paper examines the relationship between subjectivity and will in the light of some partial results obtained in our research on the philosophy of Henri Bergson, whose flagship is the notion of "duration". Thinking about subjectivity from the duration means admitting that the seamless transition that goes from past to future through the present is temporality acting on the simplest level of our relationship with the world. We stress the subjectivity from the duration because already in perception we're evoking the past to illuminate the present and thus we can understand the "problem" of subjectivity from an action which shows a distinct role of functions: the difference between the present that acts and the past that no longer acts. It is precisely this temporal character of action that leads Bergson commentators to interpret in an original way the genesis of subjectivity, the role of memory in perception and to devise new meanings to the concept of "will." Therefore, the argumentative structure that we adopt in this text will move into three levels which correspond respectively to three aspects of human subjectivity (perception, memory and will). We intend to highlight the temporality of living as a trademark of bergsonism.
ISSN: 1984-8900
DOI: https://doi.org/10.36311/1984-8900.2011.v3n05.4388
Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/4388
Palavras-Chave: Subjetividade, Duração, Percepção, Memória, Vontade, Bergson
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