Americanismo e Fordismo: a unidade do mundo na era de sua reconfiguração geopolítica. O conceito de revolução passiva como categoria interpretativa

v.7 n.14 (2022) • Revista Primordium

Autor: Carlos Nicodemos

Resumo:

americanismo foi a resposta ao processo revolucionário iniciado com a Revolução Bolchevique (1917), como, também, pela “crise orgânica” aberta pela I Guerra Mundial. Neste contexto, a hegemonia das classes dominantes estava fragmentada, sendo que as duas forças sociais, a burguesia e o proletariado, disputavam a direção econômico-cultural no mundo ocidental. Mas, a corrida pela hegemonia se dava de modo desigual, onde as classes dominantes possuíam inesgotáveis mecanismos para a manutenção da sua dominação; por outro lado, as classes dominadas deveriam se unificar para poderem conquistar a hegemonia produtiva, enterrando, de vez, o modo de produção capitalista em conjunto com as suas relações de classes. Portanto, nessas condições, as classes dominantes utilizaram as revoluções passivas para reforçarem a sua direção fragilizada, retomando o consenso, e desarticulando as classes subalternas em processo de sublevação social. Por isso, Gramsci aponta que a implementação do americanismo na Europa ocorreu sob formas de extrema coerção, mas conservando as classes tradicionais fora do campo produtivo exigido pelo novo modelo de produção.

Palavras-chave: Americanismo; Revolução Passiva; Hegemonia; Luta De Classes; Crise Orgânica

Abstract:

Americanism and Fordism: the unity of the world in the age of its geopolitical configuration. The concept of passive revolution as an interpretative category

Americanism was the response to the revolutionary process initiated by the Bolshevik Revolution (1917), as well as by the “organic crisis” opened up by World War I. In this context, the hegemony of the ruling classes was fragmented with the two social forces, the bourgeoisie and the proletariat, disputing the economic-cultural direction in the Western world. But the race for hegemony was uneven where the ruling classes had inexhaustible mechanisms to maintain their domination; on the other hand, the dominated classes should be unified in order to conquer productive hegemony, burying, once and for all, the capitalist mode of production together with its class relations. Therefore, under these conditions the ruling classes used passive revolutions to reinforce their weakened leadership, resuming consensus and dismantling the subaltern classes in a process of social upheaval. For this reason, Gramsci points out that the implementation of Americanism in Europe took place under forms of extreme coercion, but keeping the traditional classes out of the productive field required by the new production model.

Keywords: Americanism; Passive Revolution; Hegemony; Class Struggles; Organic Crises

ISSN: ISSN: 2526-2106

DOI: https://doi.org/10.14393/REPRIM-v7n14a2022-71604

Texto Completo: https://seer.ufu.br/index.php/primordium/article/view/71604

Palavras-Chave: Americanismo, Revolução Passiva, Fascismo, Hegemonia, Crise de Hegemonia

Revista Primordium

ISSN: 2526-2106 Ano de fundação: 2016 Periodicidade Semestral Qualis Capes: B3

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