Os que conhecem, conhecem bem: teoria do ponto de vista e arqueologia de gênero

Vol. 15, No. 1 • Scientiae Studia

Autor: Alison Wylie

Resumo:

Neste artigo, argumento que – ao expor o androcentrismo do sistema referencial de suposições consideradas como óbvias e levantando a questão da confi abilidade de normas entrincheiradas de justifi cação – a arqueologia de gênero é mais bem entendida como uma forma de construtivismo social relutante. Ela expõe inadvertidamente a contingência de compromissos fundacionais, do conteúdo e da prática, que se presumiu serem neutros com respeito aos interesses situados dos praticantes, contextualmente independentes e trans-historicamente estáveis. Mas longe de minar fatalmente a objetividade do empreendimento, argumento que essas implicações mais radicais da arqueologia de gênero ilustram o valor da análise construtivista social como um recurso epistêmico. Deve-se atentar para o papel epistêmico positivo que ela pode ter como catálise para os tipos de crítica transformadora que são essenciais para o bom funcionamento da ciência. Argumento que um compromisso com a análise construtivista em curso deveria ser um componente central das concepções procedimentais da objetividade que levam a sério a necessidade de mobilizar ao invés de marginalizar os diversos recursos epistêmicos dos conhecedores situados

DOI: https://doi.org/10.11606/51678-31662017000100002

Texto Completo: http://www.revistas.usp.br/ss/article/view/133641

Palavras-Chave: Arqueologia de gênero,Objetividade ,Teoria do

Scientiae Studia

Associação Filosófica Scientiae Studia - Revista Scientiae Studia