Ontologia e antropologia: possíveis diálogos entre as hermenêuticas de Heidegger e Ricoeur
vol. 47, n. 1 • Trans/Form/Ação: Revista de Filosofia da Unesp
Autor: Carlos Roberto Drawin; Frederico Soares de Almeida
Resumo:
Este artigo objetiva matizar a taxativa contraposição entre a “via curta” da ontologia heideggeriana e a “via longa” adotada por Ricoeur, como representação das muitas mediações necessárias na constituição de sua antropologia filosófica. Heidegger irrompe no pensamento contemporâneo com a publicação de seu tratado Ser e tempo (1927), como uma espécie de instalação direta no terreno da ontologia. Em contraste, Ricoeur é visto – e ele mesmo se vê – como um pensador das mediações conceituais, em seu longo itinerário, desde a adesão à fenomenologia husserliana e posterior inflexão hermenêutica, passando por confrontações com a psicanálise freudiana, o estruturalismo e a filosofia analítica, até a formação do livro O si-mesmo como outro (1990). Contudo, os dois filósofos construíram suas obras no horizonte comum da hermenêutica; assim, há entre eles possíveis pontos de convergência? E como se poderia interpretar a relevância dessa possível interlocução? Esses questionamentos não podem ser respondidos sem uma minuciosa leitura comparativa. Este texto não pretende respondê-los, mas apenas sugerir elementos para posteriores investigações.
ISSN: 1980-539X
DOI: https://doi.org/10.1590/0101-3173.2024.v47.n1.e02400117
Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/15032
Palavras-Chave: Ontologia, Antropologia, Hermenêutica
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