Escrever (n)o feminino com Malabou: anarquismo e morfologia
vol. 47, n. 2 • Trans/Form/Ação: Revista de Filosofia da Unesp
Autor: Gabriela Lafetá
Resumo:
Catherine Malabou escreve o clítoris desde o que ela própria chamará de “pensamento clitoriano”, em trabalho, em curso, em Filosofia e anarquismo; e ela o faz, por meio de um vínculo entre a “teoria de gêneros” ou teoria crítica americana, em seus estudos culturais, e o pensamento do ser (Heidegger) revisitado pela Desconstrução. Desse vínculo, desprende-se a diferença em uma filosofia contemporânea, a qual soube ver o espaço de uma pluralidade de identidades possíveis em direção àquilo que será privilegiada, no presente texto, como distância. Tal distância, por sua vez, aparecerá como o efeito mais atualizado do pensamento político descentralizado e desidentificador, enquanto deslocamento do conceito de “diferença ontológica”, possível apenas pelo pensamento da diferença sexual e de gêneros. O “feminino” será abordado como uma forma do pensamento e a partir de uma distância que o clítoris estabelece com as determinações conceituais e políticas fixadas pela metafísica ocidental. Um segundo vínculo será mais difícil de se desfazer, aquele entre a feminidade e o corpo da mulher, embora Malabou procure na distância entre eles um lugar político-filosófico de equilíbrio entre a extrema dificuldade e a extrema urgência de dizer hoje o feminino.
ISSN: 1980-539X
DOI: https://doi.org/10.1590/0101-3173.2024.v47.n2.e02400219
Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/15509
Palavras-Chave: Malabou, Ontologia contemporânea, Feminino, Anarquismo
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