Liberalismo e republicanismo: avanços e contradições sobre o espaço público no pensamento de Hannah Arendt

vol. 47, n. 2 • Trans/Form/Ação: Revista de Filosofia da Unesp

Autor: Marcela Uchoa

Resumo:

O estudo das revoluções burguesas realizado por Hannah Arendt é um importante diagnóstico do impacto das políticas liberais, suas contradições e evolução, na história da democracia; reflete, ainda, as contradições e dicotomias do pensamento da filósofa. O republicanismo moderno, embora crítico do liberalismo, assimilou elementos inerentes à democracia liberal, como a importância da lei, sempre imputada a partir de preceitos políticos ideológicos do seu tempo. Esta análise permite não só compreender as bases do pensamento político da teórica, mas seu desenvolvimento naquilo que denomina espaço público. Este deve ser um lugar de expressão de opiniões, por isso, para Arendt, sem pluralidade; política e liberdade pública ficam comprometidas, na medida em que impossibilitam a conservação de um espaço de efetivação da liberdade. Contudo, em um mundo desigual, quem pode exercer sua cidadania livremente, no espaço público? A promessa liberal propicia tais garantias? Em diálogo com Habermas e para além, pretende-se, com esta investigação, traçar as fragilidades de uma noção burguesa de esfera pública e enunciar a urgência de um ideal de republicanismo alicerçado e legitimado nas demandas populares.

ISSN: 1980-539X

DOI: https://doi.org/10.1590/0101-3173.2024.v47.n2.e02400276

Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/16070

Palavras-Chave: Revoluções burguesas, Crise, Democracia, Espaço público

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