Autor: Daniela Cunha Blanco

Resumo:

O artigo pretende apresentar a principal crítica de Nancy Fraser ao pensamento de Judith Butler, em torno da questão da capacidade de agência dos sujeitos políticos, tomando partido na defesa do pensamento de Butler. Argumenta-se que Fraser falha na compreensão de como Butler concebe uma ideia de poder, a partir de Michel Foucault, cujo funcionamento próprio demanda uma outra compreensão, não apenas do que seja um sujeito, como, também, do que podemos denominar ação política. Mostrando, assim, como Butler constrói uma teoria de gênero com base no conceito de performatividade e das influências de Foucault e de Derrida, defende-se que a autora concebe uma ideia de interseccionalidade radical, em função da qual o poder se torna difuso e positivo e a agência política se compreende no interior das falhas e fissuras operadas pelo próprio funcionamento do poder.

ISSN: 1980-539X

DOI: https://doi.org/10.1590/0101-3173.2024.v47.n2.e02400286

Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/16022

Palavras-Chave: Judith Butler, Subjetividade, Agência política, Performatividade de gênero, Políticas da diferença