O Homo Profanum e a potência do uso: uma proposição conceitual a partir de Giorgio Agamben

vol. 47, n. 3 • Trans/Form/Ação: Revista de Filosofia da Unesp

Autor: Caio Paz

Resumo:

Este artigo pretende apresentar uma proposição conceitual a partir dos escritos do filósofo italiano Giorgio Agamben. Uma das noções centrais na filosofia política dele é a de Homo Sacer, utilizada como figura paradigmática para tecer críticas à violência do direito. A partir disso, neste artigo, propõe-se um jogo com essa noção, por intermédio do sintagma Homo Profanum. Esse jogo está referido ao papel que o conceito de profanação tem, no pensamento ético agambeniano. Por meio dessa proposição conceitual, mostra-se como Agamben realiza uma crítica à tradição e à maneira como ela concebeu a noção de sujeito. Além disso, ressalta-se também como, através dos conceitos de potência e uso, o filósofo italiano oferece apontamentos para abrir o horizonte ético da modernidade. Assim, caracteriza-se a figura que se chama de Homo Profanum, com base no modo como o filósofo italiano concebe as noções de ingovernável, de uso e de forma-de-vida, que, orbitando em torno do conceito de potência, formam uma constelação conceitual a partir da qual Agamben faz indicações para pensar sua ética da profanação.

ISSN: 1980-539X

DOI: https://doi.org/10.1590/0101-3173.2024.v47.n3.e0240026

Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/14593

Palavras-Chave: Homo profanum, Potência, Uso, Sujeito, Ética

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