O existencialismo vulgar na cultura pop: entre a utopia e a distopia no imaginário contemporâneo

vol. 47, n. 3 • Trans/Form/Ação: Revista de Filosofia da Unesp

Autor: Diego Rodstein Rodrigues

Resumo:

Com o triunfo do capitalismo, ao final da Guerra Fria, a década de noventa viu emergir um sentimento otimista apoiado na ideia de um progresso ilimitado. Tal sentimento, como afirma Fisher (2020), foi questionado a partir das crises das primeiras décadas do século XXI, fazendo emergir um sentimento melancólico sobre o futuro. Essa nova fase do capitalismo tem produzido, na cultura pop, uma série de produtos de temática existencial, porém, com tom desesperançoso sobre os rumos da sociedade. A problemática aqui visa a analisar a cultura pop, através de um prisma existencial sartriano, buscando compreender como a cultura pop cria clichês inspirados no existencialismo histórico, produzindo o que será chamado de “existencialismo vulgar”, em contraponto com o existencialismo histórico de Sartre. A hipótese se desdobra em duas partes: 1- O existencialismo vulgar promove uma revolta hedonista, que não ameaça o sistema, reduzindo a crise a uma forma de conduta “neutralizada”; 2- Tal conduta se sustenta em um imaginário que se funda em produções da cultura pop, nas quais se manifestam uma melancolia e um fatalismo em relação a tentativas de transformação radical da sociedade.

ISSN: 1980-539X

DOI: https://doi.org/10.1590/0101-3173.2024.v47.n3.e02400175

Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/15452

Palavras-Chave: Existencialismo, Cultura Pop, Contemporaneidade, Distopia

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