Nietzsche e o projeto político assentado na seletividade da virtude: um projeto aristocrático de vontade de domínio
vol. 47, n. 3 • Trans/Form/Ação: Revista de Filosofia da Unesp
Autor: Adilson Feiler
Resumo:
Desde a fase de escrita de seu Para a genealogia da moral, Nietzsche desenvolveu um projeto marcado por uma desconfiança cada vez mais radical sobre as bases fundamentais da cultura, projeto este que, inclusive, reverberou em diversas trocas epistolares com Georg Brandes, das quais sobressai a de 02 de dezembro de 1887, com a expressão “Radicalismo Aristocrático”. A aristocracia se depreende pela crítica que o filósofo realiza a toda a dimensão gregária, mediante a qual a cultura vem marcada. E, como resposta, Nietzsche, nos Póstumos de 1887, apresenta a virtude que se afirma na vontade de domínio. No decorrer deste trabalho, será observado em que medida o esforço de Nietzsche por essa concepção de virtude transvalorada, ou seja, despida da moralina, é capaz de contribuir para o projeto político de domínio e de superação. A própria noção de aristocracia tem, na sua dimensão de radicalismo, a virtude como vontade de domínio, um de seus diferenciais. Seria essa virtude compreendida exclusivamente como força e, por isso, despida da moral, informada pelo cristianismo como projeto civilizatório?
ISSN: 1980-539X
DOI: https://doi.org/10.1590/0101-3173.2024.v47.n3.e02400191
Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/15470
Palavras-Chave: Nietzsche, Política, Aristicracia, Ética, Vontade de Domínio
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