Tradução: Novas razões para o realismo

vol. 47, n. 3 • Trans/Form/Ação: Revista de Filosofia da Unesp

Autor: Claudio Ricardo Martins dos Reis

Resumo:

James J. Gibson (1904-1979) foi um psicólogo norte-americano que, juntamente com Eleanor J. Gibson (1910-2002), desenvolveu um imponente programa de pesquisa conhecido como psicologia ecológica. Gibson é considerado um dos mais importantes autores, no campo da percepção visual, tendo sido classificado entre os 100 psicólogos mais citados do século XX. No ensaio aqui traduzido, Gibson é explícito em sua busca por conectar seus estudos em psicologia a questões filosóficas mais abrangentes. Seu texto tem grande relevância para o debate filosófico sobre o realismo e sobre como alcançá-lo via teorias da percepção, no caso do autor, articulando a teoria de que a mente percebe ativa e diretamente os estímulos ambientais. Seu ensaio situa-se num contexto intelectual dominado por dois grandes paradigmas de pesquisa: o behaviorismo e o cognitivismo. Em contrapartida, o paradigma articulado por Gibson nega pressupostos centrais desses paradigmas dominantes, como, por exemplo, o pressuposto de que a percepção é passiva e instantânea. Para Gibson, a percepção é ativa, direta e envolve ciclos de percepção-ação, ao longo do tempo. Ainda que se afaste do behaviorismo e do cognitivismo clássicos, a psicologia ecológica se aproxima de teorias corporificadas e enativas da cognição.

ISSN: 1980-539X

Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/14531

Palavras-Chave: Percepção ativa, Psicologia ecológica, Realismo direto

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