O sentido do dever: as virtudes nas obras de Marco Túlio Cícero e Miyamoto Musashi
vol. 47, n. 6 • Trans/Form/Ação: Revista de Filosofia da Unesp
Autor: Fabricio Boscolo Del Vecchio; Robinson dos Santos
Resumo:
Um dos propósitos das comparações filosóficas interculturais é o exame acerca de paralelismos culturais, o qual auxilia no entendimento de problemas existenciais. No entanto, é restrito o número de produções que tenham considerado o sentido do dever e o universo das virtudes, por intermédio de abordagem comparativa intercontinental. O propósito deste artigo é explorar o sentido do dever e a concepção de virtude nas e a partir das obras do filósofo romano Marco Tulio Cícero (106 – 43 a.C.) e do mestre espadachim japonês Miyamoto Musashi (1584 – 1645), tomando como obras principais Dos Deveres, do primeiro, e “Gorin No Sho” e “Dokkôdô”, do segundo. Em ambos, encontram-se elementos teórico-normativos convergentes, quanto à conduta virtuosa do agente, seja ele entendido como cidadão, isto é, no contexto social e político, seja ele concebido como indivíduo que age no campo de combate. Entre esses elementos em comum de ambas as posições, destacam-se a crítica ao hedonismo, o elogio à racionalidade e o domínio dos instintos. Contudo, os autores divergem no tópico relacionado à felicidade.
ISSN: 1980-539X
DOI: https://doi.org/10.1590/0101-3173.2024.v47.n6.e02400282
Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/16044
Palavras-Chave: Filosofia antiga, Filosofia oriental, Crítica ao hedonismo, Artes marciais, Racionalidade
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