A tempestade e a questão colonial
Viso · Cadernos de estética aplicada N° 5 • Viso: Cadernos de Estética Aplicada
Autor: Fernando Rodrigues
Resumo:
O objetivo deste artigo é pôr em questão alguns pontos basilares das assim chamadas interpretações pós-coloniais de A tempestade, de Shakespeare. Argumenta-se que, embora alguns dos tópicos tratados na peça possam ter relação com o colonialismo, ela não pode ser tomada como um texto que participa na discussão do século XVI sobre o empreendimento colonial. Um leitura adequada da peça tem, ao contrário, de levar em consideração o contexto histórico, e em particular o público dos teatros londrinos nos primeiros anos do século XVII.
Abstract:
The aim of this paper is to call into question the main tenets of the so-called post-colonial interpretations of Shakespeare's The Tempest. It is argued that, although some of the topics dealt with in the play may bear on questions related to colonialism, it cannot be regarded as a text that partakes in the sixteenth-century discussion on the colonial enterprise. An adequate reading of the play must rather take into account the historical context and particularly the audience of the London theatres of the first years of the seventeenth century.
Texto Completo: http://revistaviso.com.br/visArtigo.asp?sArti=39
Palavras-Chave: teatro,pós-colonialisno, Shakespeare,theater
Viso: Cadernos de Estética Aplicada
viso s.m. 1 modo de apresentar-se, aparência, aspecto, fisionomia 2 sinal ou resquício que deixa entrever algo; vestígio, vislumbre 3 recordação vaga; reminiscência 4 modo de ver, opinião, parecer 5 o cume de uma elevação, monte ou montanha 6 pequena colina, monte, outeiro 7 obsl. o órgão da visão, a vista. ETIM lat. visum ‘visão, imagem, espetáculo’.