Mesas Redondas

Dia 11

17h15 – 18h30

(Auditório da Escola de Formação e Humanidades/PUC-Goiás)

Modernismo e Filosofia, com Profa. Dra. Beatriz Azevedo (Unicamp), Prof. Dr. Filipe Campello (UFPE), Prof. Dr. Pedro Duarte (PUC-Rio) e Profa. Dra. Taísa Palhares (Unicamp). 

Motivado pelos 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, este será um diálogo sobre referências filosóficas do modernismo brasileiro e a importância atual destes modernismos para se repensar a modernidade e a contemporaneidade.

17h15 – 18h30

(Auditório da Área IV – PUC-Goiás)

Democracia e Autoritarismo, com Profa. Dra. Helena Esser (UFG), Prof. Dr. Newton Bignotto (UFMG) e Prof. Dr. Waldomiro Silva Filho (UFBA). Mediação: Profa. Dra. Tessa Lacerda (USP/Anpof).

Como é possível termos elegido um ex-capitão do Exército para a presidência da República depois de termos vivido 21 anos de ditadura civil militar, depois termos perdido sob tortura centenas de pessoas, depois de milhares de pessoas torturadas? Onde está o erro, o equívoco, a rota que precisa ser corrigida para que a população brasileira reconheça o horror da ditadura como um verdadeiro horror e jamais possa pensar em retomar um regime ditatorial? Estas questões estão encarnadas na Filosofia Política brasileira dos dias atuais e movimentarão as reflexões desta mesa.

Claude Lefort, um dos principais teóricos da democracia do século XX, afirma que as lutas em nome dos Direitos Humanos devem angariar a solidariedade social: por que a luta de familiares de mortos e desaparecidos políticos da ditadura no Brasil jamais conseguiu angariar essa solidariedade na sociedade?

Temos uma sociedade eminentemente autoritária, como afirma a professora Marilena Chaui em diversos textos? Ou devemos dizer, como Marilena Chaui mostra em um curso da década de 80 (inédito) e o historiador José Murilo de Carvalho narra (em seu Forças Armadas e Política no Brasil), que há um agente forte nos bastidores da política nacional que impede que a narrativa sobre a ditadura desvele os crimes produzidos pelo Estado naquele período? 

 

Dia 12

17h15 – 18h30

(Auditório da Escola de Formação e Humanidades/PUC-Goiás)

Filosofia do Ensino de Filosofia: diálogos entre Brasil e Argentina, com Prof. Dr. Gustavo Ruggiero (UNGS) e Prof. Dr. Walter Kohan (UERJ. Mediação: Profa. Dra. Patrícia Del Nero Velasco (UFABC/Anpof).

Seria o ensino de filosofia somente um campo de atuação ou também de pesquisa? Ensinar filosofia seria uma questão filosófica em si? Esta mesa será um espaço de aprofundamento do debate acerca do Ensino de Filosofia como campo de pesquisa filosófica, introduzida no último mês de outubro na campanha “Ensino de Filosofia: por uma cidadania filosófica do campo”. Os convidados refletirão sobre os diálogos possíveis entre as pesquisadoras e pesquisadores de Brasil e Argentina na constituição e consolidação da subárea de pesquisa Filosofia do Ensino de Filosofia.

17h15 – 18h30

(Auditório da Área IV – PUC-Goiás)

Filosofia em tempos de Pandemia, com Profa. Dra. Maria Clara Dias (UFRJ) e Prof. Dr. Renato Janine (USP). Mediação: Profa. Dra. Georgia Amitrano (UFU/Anpof).

Um dos temas centrais para as reflexões contemporâneas, a pandemia de Covid-19 alterou o percurso do XIX Encontro Anpof e será um dos assuntos debatidos nas mesas redondas desta edição. 

Como filosofar em tempos pandêmicos? Qual a função da Filosofia em meio à crise pandêmica que se abate sobre o mundo nos últimos dois anos?  Diante de um conhecimento que se dá a partir da abstração intelectual, na possibilidade de ver o problema, a Filosofia não se distancia em momento algum da questão, ao contrário, tem muito a dizer, tanto do ponto de vista teórico quanto prático. 

A enfermidade, assim, na forma de uma Peste também nos impele a sair de nossa zona de conforto e discorrer a partir dela. Como afirmara Albert Camus “o bacilo da peste não morre, nem desaparece nunca, pode ficar dezenas de anos adormecido […] um dia para desgraça e ensinamento dos homens, a peste acordaria os seus ratos e os mandaria morrer numa cidade feliz”.

 

Dia 13

17h – 18h45

(Auditório da Escola de Formação e Humanidades/PUC-Goiás)

Filosofia, gênero e regionalidade: mulheres filósofas por todo o Brasil, com Profa. Dra. Jovelina Ramos (UFPA), Profa. Dra. Solange Aparecida de Campos Costa (UESPI, PPGFIL-UFPI), Profa. Dra. Beatriz Sorrentino Marques (UFMT), Profa. Dra. Carolina Araujo (PPGLM-UFRJ) e Profa. Dra. Janyne Sattler (UFSC). Mediação: Profa Dra. Juliele Sievers (UFAL/Anpof)

O apagamento das mulheres na história da Filosofia atravessa e autoriza o preconceito que enfrentamos hoje? Isso reflete na forma como produzimos filosofia? Como a regionalidade intersecciona essa ausência das mulheres em nossos programas de pós-graduação? Esta mesa  trará reflexões acerca da presença de mulheres filósofas, pesquisadoras e professoras de Filosofia na academia a partir das cinco regiões brasileiras, cada uma delas representada por uma participante.

A partir das trajetórias e relatos de cada uma sobre os desafios e obstáculos que ainda persistem no trabalho das mulheres no campo da Filosofia no Brasil, buscaremos também apontar para as propostas e caminhos que podem ser (e os que já estão sendo) trilhados para a mudança deste cenário desigual.

17h15 – 18h30

(Auditório da Área IV – PUC-Goiás)

O desafio da filosofia autoral no Brasil, com Profa. Dra. Cristiane Marinho (UECE), Prof. Dr. Ricardo Timm (PUCRS) e  Profa. Dra. Silvana Ramos (USP). Mediação: Prof. Dr. Agnaldo Cuoco Portugal (UnB/Anpof).

Podemos falar em uma Filosofia no Brasil, do Brasil ou em uma filosofia brasileira? Já temos no Brasil uma história da filosofia de alta qualidade, com interpretações de importantes autores(as) da tradição, além de iniciativas mais recentes que ampliam o chamado “cânone filosófico”. Porém, se fôssemos fazer uma analogia com a música, poderíamos dizer que temos formado bons intérpretes, mas não estamos cuidando tanto da formação de compositores.

O assunto a ser explorado nesta mesa será a busca por uma maneira de fazer filosofia que trate dos temas e problemas filosóficos de modo mais criativo e autoral. Há espaço para isso no ambiente acadêmico brasileiro? Temos entre nós exemplos de pensamento original? O que fazer para construir uma produção brasileira que possa contribuir de modo inovador com a área de Filosofia?

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